Uma crise de crédito (ou seria de cartões de crédito?)

O que é isso, companheira? Usando cartões corporativos em free-shop? 75 milhões de gastos com cartões (isso no geral, não só a ministra…) sendo que metade foi saque em dinheiro? Hummm. E pobre da ministra especial, que pelo seu cargo, “de Políticas de Promoção da Igualdade Racial”, acabou sendo talvez escolhida por que sua posição devia ser um exemplo para as demais autoridades (e talvez seja, nós é que estamos com o paradigma errado!). Mas talvez a ministra tenha usado o cartão para promover a igualdade “moral” com as autoridades mais antigas, e menos ingênuas.

Espero que esse episódio não seja inócuo, como tantos outros. Ou pior: espero que a partir dele as “autoridades” não criem mecanismos “mais seguros” para impedir que seus gastos sejam conhecidos pelos contribuintes. Afinal, como ouvi outro dia em uma conversa gravada, em outro caso sob investigação: “é dinheiro público: não tem dono!”.

As pessoas que estão usufruindo dos privilégios jamais pensam que o dinheiro público é de todos nós. Nunca associam os gastos desmedidos ou não justificados com a carga tributária ou a ineficiência do estado. Estas coisas não tem nada a ver com seus privilégios. É como o morador que joga o sofá no riacho, perto de casa. Ele não entende que a enchente que virá teve a colaboração dele. Mesmo que não tenha sido um sofá, mas apenas um papel de bala pelo vidro do carro.

Está na hora de comessarmos a pensar na sociedade como um organismo indivisível e criar formas de pressão psicológica, moral, policial e juridica que forcem as pessoas a viverem juntas, em harmonia.

E parar de tratar seus privilégios como “direitos adquiridos”. O caso da ministra é emblemático, mas não é nem a ponta do iceberg. Talvez nem o “suor do iceberg”.

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