Nunca antes na história desse país… ah, esquece! Se eu começar o blog assim, ninguém vai terminar de lê-lo… tudo bem! Vamos lá: eu consegui começar 2008 finalmente! Em junho, é verdade. Mas comecei!
No final do ano passado, eu tinha desistido de continuar micro-empresário (que, no meu caso, tava mais para eufemismo de “free-lancer informal”, “consultor independente” ou, simplesmente, desempregado). Liguei para todos os meus contatos do Outlook e ia logo avisando: “tô na área. Se souber de alguma vaga por aí, me avisa”. Recebia sempre o pronto “é claro. vou falar com uns conhecidos”. E devo agradecer aos meus contatos, pois muitos deles realmente tentaram. Mas eu fui exigente: queria um emprego com carteira assinada em uma multinacional. Nada mal para uma meta de final de ano.
Mas eu tinha 50 anos. E nós da área gráfica estávamos em crise (aliás, essa palavra sempre foi um tanto sem sentido pra mim, pois ouço que “estamos em crise” desde de que minha professora do primeiro ano no grupo escolar deu sua primeira aula de história, falando sobre a recente mudança para o cruzeiro, lá na década de 60…). Então, como eu sempre entendi que crise era algo passageiro, isso perdeu um pouco o sentido, com o tempo. Hoje, sempre que ouço a frase “estamos em crise” acabo entendendo: “fizemos tudo errado e vamos ter que começar de novo”.
Mas vamos voltar ao assunto desse post: eu consegui o emprego que havia me proposto no final do ano passado. E tem mais: é uma multinacional, com carteira assinada e vários benefícios…e é uma multinacional…quem diria…Nem eu acreditava que conseguiria.
Devo aqui deixar meu agradecimento especial a duas pessoas que colaboraram para esse feito. O Afonso, contato do meu Outlook para quem mandei um e-mail despretencioso e com quem não tinha contato há mais de 7 anos. Apesar disso, ele prontamente me indicou para a outra pessoa que merece ser citada: o Marcos. O Marcos teve o despreendimento de me avaliar para um cargo para o qual o meu perfil talvez não fosse o mais adequado e não teve, em nenhum momento, preconceito de especie alguma com a minha idade. Hoje sou de longe o mais velho (prefiro dizer o jovem mais experiente) da equipe e me sinto de novo com 40 anos (e mesmo assim o mais velho da equipe, argh!). Mas revigorado.
A vida começa aos 50! E eu acabei dentro da estatística de criação dos 10 milhões de empregos que o Lula havia prometido na sua campanha presidencial. Thank You, Lula.