Estou convencido de que a principal causa dos problemas do nosso país é a droga. A DROGA DE ELITE que nós temos!
Uma elite míope, egocêntrica e, principalmente, burra. Talvez nem seja culpa dela. Afinal, ela foi criada assim, para manter o pais inteiro no atraso, na exploração pelos interesses externos. Desde Cabral, sempre fomos explorados. E mesmo aqueles que vinham para cá com algum poder de decisão vinham com a missão de salvaguardar os interesses da colônia. Então, a nossa elite tem uma tradição de 500 anos em preservar os interesses da Colônia. Não importa qual. Se a original faliu, adotamos uma nova.
O que essa elite não percebeu ainda é que é possível quebrar esse ciclo vicioso. Países com história similar ou até mais explorados que nós mudaram o rumo de sua história recentemente com projetos de médio e longo prazos que revolucionaram suas sociedades. E nem eram socialistas radicais ou capitalistas selvagens. Na verdade a história está provando que a tendência política de seus governantes não pesa muito no destino da nação. O projeto econômico sim.
Veja o caso da Índia. Eles tem mais de um Brasil de pessoas abaixo da linha da probreza, mas fizeram, nos últimos 15 anos uma revolução educacional que os levou ao topo da lista dos exportadores de mão de obra de serviços de alta tecnologia. Lá, 100% da população universitária fala inglês fluente, o que viabiliza a exportação de mão-de-obra. É considerado um dos 4 países que dominarão a economia em 2050…
Outro exemplo, a China. Um país que só nos últimos anos colocou 300 milhões de pessoas na classe média (eles não tinham poder aquisitivo nenhum há poucos anos) com uma política econômica agressiva, temos que convir, mas que está dando certo. Talvez façam correções de percurso nos próximos anos, para evitar a destruição do meio-ambiente e gargalos de crescimento. Mas hoje eles puxam a economia mundial.
Já a nossa elite, só pra dar um exemplo, pega áreas com grandes reservas minerais ou de bio-diversidade e entrega nas mãos de tribos indígenas sem nenhum plano de desenvolvimento nem para o país nem para as tribos beneficiadas. Muitas vezes até permite com essa atitude a criação de tensões insustentáveis entre as tribos e populações de excluídos que tentam alguma possibilidade de ganho de subsistência na região.
Essas áreas acabam ficando como Reserva de Riqueza para futuras gerações. E funcionam hoje com garantia de subdesenvolvimento para aquelas áreas. E isso não é feito pelos indios, não. É feito pelos interesses externos, pois nossas reservas, de quase tudo, se exploradas podem mudar os preços que os mercados atuais praticam.
Só para lembrar: o termo pedras semi-preciosas foi cunhado por uma empresa, já há muito tempo, para desvalorizar nossas gemas, que hoje em alguns casos chegam a valer mais no mercado que as gemas preciosas de outros continentes. Isso é tão notório que na França há uma lei que proibe os comerciantes de se referirem a predras brasileiras como semi-preciosas.
Não temos planos sérios de nos desenvolvermos. Não exploramos as nossas potencialidades. Não pensamos no futuro. Fomos criados sabendo que não precisamos nos esforçar para viver o amanhã. Alguém vai prover o básico de precisamos. Agum feitor vai pegar o que produzimos, nos dar a nossa subsistência e ficar com a maior parte.
Vivemos em uma terra em que para comer laranja amanhã, é só cuspir a semente da que estamos chupando hoje que ela vai cair em terra fértil, com chuva na medida certa e sem desastres climáticos que ameacem a colheita do ano que vem. É só ter paciência!
Isso tem que mudar. Por isso defendo o fim da nossa dependência dessa DROGA DE ELITE…