Esta semana me chamou a atenção um discurso do Obama no Parlamento Britânico mencionando que, apesar de o Brasil e a China estarem rapidamente se tornando potências mundiais, os E.E.U.U. e a Europa, na sua visão, ainda continuarão “mandando no Mundo”. Não foram essas as palavras dele mas o importante foi ele ter mencionado o Brasil, e estar falando para o Parlamento Britânico. Coisa que eu nunca esperei viver para ver.
Hoje acabei de ver, no blog da Juliana Starosk, um documentário impensável da TV Americana sobre o Brasil, que disponibilizo legendado acima. O documentário simplesmente coloca o Brasil nas alturas, dando uma perspectiva incrível sobre nosso potencial e papel no futuro próximo no panorama internacional.
No documentário, um ponto importante que chama a atenção é a sugestão que eles fazem de que boa parte dessa mudança de papel econômico internacional se deve a atuação nos últimos 8 anos do presidente Lula, que eles destacam como o ‘político mais popular do mundo”.
Bom, não vou entrar no mérito dessa questão mas reconheço que o “socialismo vegetariano” do Lula foi importante para tirar, por um lado, milhões da pobreza e, pelo outro, gerar um mercado interno que favoreceu o crescimento econômico do pais. Mas também teve o reboque que recebemos do próprio BRIC, que nos “puxou” irremediavelmente para cima. Foi importantíssima a atuação do Lula no sentido de evitar que um regime populista, a exemplo de outros países latino-americanos, se instalasse. Nisso o Lula foi realmente importante. Ele poderia ter ficado bem mais a esquerda. Era isso que se esperava dele. Mas ele conseguiu controlar as “feras” do seu partido.
Porém, para continuarmos a subida vertiginosa e não “entalarmos” na porta desse novo cenário econômico, precisamos fazer uma verdadeira lipo em nossas “gordurinhas” tributárias, além de uma musculação na nossa cadeia produtiva e uma verdadeira plástica em nossa infraestrutura. E principalmente investir pesado em educação, ou acabaremos virando um mercado importador de cérebros, apesar de termos a quinta maior reserva mundial desse “recurso natural”. Se não fizermos isso, continuaremos fazendo jus a piada mais conhecida sobre o Brasil lá fora, como o programa menciona logo no começo: “O Brasil é o pais do futuro – e será sempre!”
Quem viver, verá!